Na tarde de quarta-feira (9), o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), por meio do Núcleo Socioambiental, realizou uma ação de capacitação voltada aos(às) trabalhadores(as) terceirizados(as) responsáveis pela limpeza do edifício-sede e dos anexos da Corte baiana. A iniciativa teve como foco o fortalecimento da coleta seletiva de resíduos sólidos e orgânicos nos prédios do Judiciário, em obediência à Resolução CNJ nº 594/2024 cujo teor institui o Programa Justiça Carbono Zero.
Dentre os presentes, a atividade contou com a presença da Coordenadora do “Programa Recicle Já” da Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb), Vanuza Gazar dos Reis, acompanhada dos colaboradores da equipe que participaram da exposição. Além destes, os servidores José Pacheco Novaes (CServ/SEAD) e Humberto da Costa Brito Júnior (Núcleo Socioambiental); a Supervisora da equipe de limpeza, Anísia Barbosa Sena; e os representantes da Empresa SEC Serviços, responsável pela execução dos serviços de limpeza do TJBA, completaram a equipe que compôs o encontro.
O encontro contou com cerca de 50 participantes e abordou temas fundamentais sobre educação ambiental, descarte correto de resíduos e valorização do trabalho das equipes de limpeza. A Desembargadora Maria de Fátima Silva Carvalho, Presidente do Núcleo Socioambiental do TJBA, conduziu o bate-papo com entusiasmo e atenção às dúvidas e ÀS sugestões dos participantes.
“Essa ação está em sintonia com a Resolução CNJ nº 400/2021, com o nosso Plano de Logística Sustentável e com a Resolução CNJ nº 594/2024 que trata do Programa Justiça Carbono Zero. Além de promover uma gestão ambientalmente responsável, ela reconhece o papel fundamental das trabalhadoras e dos trabalhadores da limpeza, que merecem todo nosso respeito e valorização”, afirmou a Magistrada.
A Desembargadora chamou a atenção para o impacto ambiental do uso de copos plásticos e da água envasada em embalagens descartáveis: “Precisamos, urgentemente, rever o uso de copos plásticos e de garrafinhas de água no nosso dia a dia. Um copo descartável pode levar até 400 anos para se decompor no meio ambiente. Isso é gravíssimo. O consumo desenfreado de descartáveis compromete gerações presentes e futuras e vai contra todos os princípios de uma gestão pública responsável.”
Ela, também, alertou sobre um ponto, muitas vezes, ignorado: a necessidade de higienizar as embalagens recicláveis antes do descarte.
“Quando restos de alimentos ficam nas embalagens, eles favorecem a proliferação de fungos e bactérias, assim como atraem ratos e baratas e, o mais grave, comprometem todo o lote de materiais recicláveis. Isso prejudica o trabalho das cooperativas e coloca em risco a saúde dos agentes ambientais”, explicou.
Além do aspecto técnico, a palestra abordou a dimensão social da coleta seletiva, reforçando que o respeito a quem trabalha com a reciclagem começa pela forma como cada pessoa descarta seu lixo.
A ação fortalece o compromisso do TJBA com uma gestão socioambiental integrada, que não apenas cumpre normas e metas, mas também constrói um ambiente institucional mais saudável, justo e sustentável para todos.
Descrição da imagem: Desembargadora Maria de Fátima Silva Carvalho e demais participantes. {Fim da descrição}.
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