O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) realizou, por meio do Núcleo de Justiça Restaurativa de 2º Grau, da Universidade Corporativa Ministro Hermes Lima (Unicorp) e do Fórum Permanente de Justiça Restaurativa, em parceria com a Polícia Militar da Bahia (PMBA), o curso de Formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz e Justiça Restaurativa.
“Esse curso de Formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz e Justiça Restaurativa entrou para a história da Polícia Militar, porque passou a fazer parte, pela primeira vez, do calendário de cursos ofertados pelo Instituto de Ensino de Pesquisa da PMBA”, comenta a Juíza Fausta Cajahyba, Coordenadora do Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos (CEJUSC).
O curso, que contou com a presença de Juízes e de autoridades da PMBA, ocorreu no período de 27 a 29 de novembro e 2 a 6 de dezembro, na sede do TJBA. A ação tem como objetivo levar a Justiça Restaurativa para as forças de segurança, trazendo uma linguagem não violenta para a Polícia Militar.
“O policial que tem uma visão restaurativa nunca vai para uma ocorrência com o olhar que tinha antes do curso, a maneira de avaliar as suas ações e as ações do outro é diferente, por isso é importante ter cada dia mais facilitadores de Justiça Restaurativa na Polícia Militar”, enfatiza o policial Tarsio.
Durante o curso, abordaram-se temas como a formação de facilitadores, os círculos de construção de paz e os círculos de resolução de conflitos. O policial Edison Lima fala sobre a importância dessa capacitação para a sua vida. “Esse curso veio para agregar na minha vida, pois trabalho com formação de alunos e, às vezes, é preciso mediar alguns conflitos entre eles; logo, o curso está enriquecendo meus conhecimentos sobre o assunto”.
Rosanete Fernandes, professora coordenadora da Pós-Graduação em Direito da Faculdade Regional da Bahia (UNIRB) e mestranda em Resoluções de Conflitos, palestrou sobre a comunicação não violenta e inteligência emocional.
O curso de Formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz e Justiça Restaurativa acontece, também, nas penitenciárias, por meio de rodas dialogais com os internos, buscando que eles enxerguem que existem outras possibilidades, evitando a reincidência no crime.
Descrição da imagem: Juíza Fausta Cajahyba, membros da polícia e servidores sentados em cadeiras em círculo, posando para foto. [fim da descrição].