Está acontecendo neste momento, no Salão do 1º Tribunal do Júri, no Fórum Ruy Barbosa, o julgamento de um homicídio triplamente qualificado que chocou a sociedade, em novembro de 2007: o assassinato do caseiro Jairo dos Santos Silva.
O corpo da vítima foi encontrado no porta-malas do próprio veículo, na Estrada Velha do Aeroporto, com perfurações a faca e agressões na região craniana.
Motivado por vingança, segundo a tese da acusação, o homicídio foi considerado triplamente qualificado, por envolver motivo torpe, meio cruel e ter sido executado mediante emboscada. À época em que foi cometido, teve grande repercussão, porque um italiano – para o qual a vítima trabalhava há anos – foi apontado como o mandante do assassinato.
Entretanto, depois das investigações, o próprio Ministério Público solicitou a retirada do acusado e a esposa dos autos, tendo ambos sido impronunciados por insuficiência de indícios de autoria ou participação no crime.
Entre os acusados que estão em julgamento, duas mulheres, Cláudia Matos Soares e Priscila Gomes Campos. Além da acusação de homicídio, elas e o terceiro réu, Elton Luiz Almeida, também estão sendo julgados pelo crime de ocultação de cadáver. Presos desde abril do ano passado, os três negam a autoria do assassinato.
Desde o início da manhã, quando começou julgamento, mais de 65 pessoas estão lotando a platéia do Salão do Júri, entre parentes da vítima, dos três réus e estudantes de Direito que acompanhavam a atuação da Promotoria de Justiça e da Defensoria Pública.
Ao todo, 29 testemunhas foram ouvidas na fase de instrução do processo. Sete jurados vão dar o veredicto sobre a culpabilidade dos três acusados e o juiz Moacyr Pitta Lima Filho, que preside o julgamento, deve anunciar a sentença até o início da noite, sendo que a defesa ainda pode recorrer do resultado do processo.