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3ª Vara de Violência Doméstica, em parceria com a Ucsal, promove almoço para mulheres vítimas de agressões
22 de maio de 2019 às 9:16
3ª Vara de Violência Doméstica, em parceria com a Ucsal, promove almoço para mulheres vítimas de agressões

Mesmo com chuva, as mulheres atendidas pela 3ª Vara de Violência Doméstica da Comarca de Salvador participaram de um almoço oferecido pela unidade, em parceria com o curso de Gastronomia da Universidade Católica de Salvador (Ucsal). O objetivo do evento foi contribuir para que as mulheres, em situação de violência doméstica e familiar, busquem alternativas de vida e tenham o sentimento de acolhimento, pois retratam o isolamento social como desafio para sair da situação de violência.

“Foi uma manhã em que comemoramos a solidariedade, a sororidade, a amizade, e que ficamos com esperança de que essas mulheres tenham dias melhores e possam sair dessa situação de violência”. ressaltou a Desembargadora Nágila Brito, Presidente da Coordenaria da Mulher do Tribunal de Justiça da Bahia.

A atividade, que além do momento de descontração, contou também com depoimentos de mulheres em situação de violência doméstica e das agentes da Justiça que atuam no combate a violência, faz parte do grupo “Somos Todas Marias”, criado pela 3ª Vara.

O almoço foi produzido pelos alunos do curso de gastronomia da Ucsal, supervisionados pelo professor Marco Aurélio, e teve também um bolo feito pelo professor de confeitaria Adriano Caldas. A aluna de gastronomia Jane Silva recitou uma poesia de sua autoria que relata a histórias das “Marias”.

Segundo a Assistente Social da 3ª Vara, a atividade externa vai além do lazer. “É o momento de compartilhar, de construir novas experiências de vida, contato com situações diferentes. Neste momento a mulher adquire novas experiências no coletivo”, destacou.

Para a Juíza Corregedora Auxiliar do Conselho Nacional de Justiça Nartir Weber, que também já atuou na 3ª Vara de Violência Doméstica, a intenção desses eventos é mostrar as mulheres o processo de “desconstituição da pessoa humana imposto, muitas vezes,  de forma dissimulada, pelo homem agressor, que representam, no fundo, os primeiros sinais de sua personalidade deturpada e, com isso, orientá-las à percepção desses sinais o quanto antes, para que se preservem e criem mecanismos de defesa da sua segurança física, mental e sexual”.

A ação aconteceu no dia 11/05, nas dependências do campus de Pituaçu, da Ucsal. “As mulheres saíram dali bem mais tranquilas e se sentindo acolhidas. Teve uma que relatou que agora sabia que não estava sozinha”, destacou a Desembargadora Nágila Brito.

Para a Juíza Janete Fadul, Titular da 3ª Vara, essas atividades representam resgate da autoestima e empoderamento, “de que possam ser detentoras para se libertarem dos traumas que as marcaram, sentindo-se valorizadas e credoras do amparo que o TJBA lhes oferece”.

A Mesa de abertura foi composta pela Desembargadora Nágila Brito, Presidente da Coordenadoria da Mulher; pela Juíza Corregedora Auxiliar do CNJ, Nartir Weber; pela Juíza Titular da 3ª Vara, Janete Fadul; pela integrante do Grupo Somos Todas Marias, Andrea Nassar; e pela Coordenadora do curso de gastronomia/Ucsal, Sheila Bulhões.

Por sugestão de uma componente do grupo “Somos Todas Marias”, que é museóloga, a próxima atividade será a visita a um museu.

“Somos Todas Marias” – criado e coordenado pelas assistentes sociais, Lunélcia Almeida e Eugênia Castro, da 3ª Vara, o grupo é composto por mulheres em situação de violência doméstica e familiar. As Assistentes Sociais, por meio das narrativas das participantes, identificaram que as mulheres que vivenciam uma situação de violência de gênero passam por um isolamento social por parte da família e amigos. Elas relatam que “depois que denunciei ele, nunca fui convidada para uma festa”, “minha família me culpa, pois apesar de tudo ele é um bom pai”. Tal identificação contribuiu para construção de uma atividade externa do grupo “Somos Todas Marias”.

Texto publicado: Ascom TJBA