“Ah, que bom você chegou, bem vindo a Salvador, coração do Brasil!”
A alegria do soteropolitano aliada à rica cultura local contagia quem visita os pontos turísticos de Salvador, na Bahia. E não é para menos!
Apresentação
Fundada em 29 de março de 1549 por Tomé de Souza, Salvador foi a primeira capital do Brasil e é uma das cidades mais antigas continuadamente habitada do continente americano. É reconhecida mundialmente pela musicalidade, pela arquitetura colonial e gastronomia, além de cidade considerada com maior influência africana fora do continente africano, recebendo, por isso, o epíteto de “Roma Negra” uma vez que, segundo dados do IBGE, possui 82% de sua população declaradamente negra. É a cidade com maior número de descendentes de africanos no mundo.
A cidade possui uma característica topográfica acidentada por conta de uma escarpa acentuada que divide a cidade em dois níveis: cidade alta e cidade baixa, a primeira estando a 85 metros acima da última.
O centro histórico abriga enorme quantidade de monumentos e exemplos de construções do período colonial, tendo sido declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1985.
Possui, segundo o Guinness Book, a maior festa de rua do mundo, o Carnaval.
É uma cidade conhecida também pelo sincretismo religioso e tornou em 2019 a língua iorubá “patrimônio cultural imaterial”.
É a segunda cidade mais visitada para turismo, perdendo apenas para o Rio de Janeiro.
Afinal, a capital baiana é repleta de história, deliciosa gastronomia, lindas praias, e tem um dos melhores carnavais do Brasil, que fazem da cidade um monumento à parte. Além disso, se você gosta de apreciar a boa comida baiana enquanto desfruta de um belo pôr do sol, o Farol da Barra é um desses lugares, com vista ao Morro do Cristo.
Já para quem ama uma viagem com contexto histórico, Pelourinho é um dos pontos turísticos de Salvador a considerar. Afinal, ele está no centro histórico da cidade e é o melhor lugar para mergulhar na história antiga por trás do colorido dos casarões e da alegria desse povo.
Pelourinho
Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade, o Pelourinho (carinhosamente chamado de Pelô) carrega muita cultura, música, arte e história.
Outrora um bairro marcado pela punição em praça pública de criminosos e escravos, que eram amarrados nos chamados pelourinhos (coluna ou poste com argolas), durante o período colonial, para o bairro que mais cultiva a arte de Salvador.
As construções históricas do famoso bairro tem monumentos antigos e de arquitetura barroca, que deixam qualquer visitante fascinado.
Ao passar pelas famosas ladeiras do Pelourinho, as igrejas chamam atenção pela beleza datada do século 17 e 18. Algumas delas estão localizadas no Largo Terreiro de Jesus, como a Catedral Basílica e a Igreja São Pedro dos Clérigos.
Farol da Barra
Mais um dos principais pontos turísticos de Salvador, o Farol da Barra – ou Farol de Santo Antônio – é ponto de encontro de casais apaixonados.
Isso porque, fica muito mais interessante assistir ao pôr do sol com a pessoa amada, estando a uma altura de 22 metros. Lá do alto dá para ver o Morro do Cristo, próximo à Praia da Barra.
Construído no final do século 17 e substituído por um novo farol em 1839, o Farol da Barra, que servia de proteção contra ataques de invasores, passou por diversas mudanças ao longo do tempo.
A história conta que o Farol foi erguido após um naufrágio do Navio Sacramento, que matou centenas de pessoas em 1668.
Vale a pena visitar esse monumento histórico e, de quebra, conhecer o Museu Náutico da Bahia, no interior do Farol. É um passeio muito bem-vindo para quem se interessa pela história da navegação no Brasil.
Elevador Lacerda
Um ponto turístico que você não pode ignorar em sua visita a Salvador é o Elevador Lacerda. Basicamente, é uma das atrações imperdíveis da cidade.
Sua construção data de 1873, com altura de 72 metros, e é um tipo de transporte público da capital baiana, que conecta a Cidade Baixa à Cidade Alta, e também do Pelourinho ao Mercado Modelo.
Localizado na Praça Tomé de Souza, o Elevador Lacerda divide espaço com o Palácio Rio Branco, onde as visitas podem ser guiadas para melhor conhecer a sede do governo português no Brasil. Porém, quem quiser entrar sozinho também pode.
Uma coisa fascinante para quem pega o Elevador Lacerda é a vista lá do alto, sendo possível contemplar a Baía de Todos os Santos. Definitivamente, não passe por Salvador sem passar por essa experiência.
Igreja de São Francisco
No Pelourinho, muitas igrejas chamam a atenção por sua arquitetura e detalhes incríveis, mas uma delas é inevitável não admirar: Igreja de São Francisco, dedicada a São Francisco de Assis.
Tanto a entrada quanto o interior do santuário são feitas de ouro, com detalhes minimamente caprichosos, uma verdadeira obra de arte sacra.
Construída, inicialmente, em 1587, mas destruída pelos holandeses, a Igreja e Convento foi reconstruída no século 18.
Ainda que nem todos os turistas sejam católicos, muitos deles não abrem mão de conhecer uma das expressões barrocas mais conceituadas do país, que a tornou uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa.
Rio Vermelho
Você já fez tudo isso durante o dia na Bahia?
Bateu perna nos principais pontos turísticos de Salvador; adentrou as igrejas e conferiu de perto sua arquitetura barroca; mergulhou nas águas mornas das praias; tirou fotos no alto do Elevador Lacerda; transitou pela Cidade Baixa e o Centro Histórico; fez comprinhas no Mercado Modelo; participou do agito no bairro Rio Vermelho (ops, esse ainda não!).
Para quem ama frequentar bares e restaurantes à noite, pode ficar tranquilo que a vida noturna está garantida no bairro Rio Vermelho. O bairro possui bons lugares para comer e beber em Salvador e suas ruas conservam o clima tradicional que é muito amado por quem visita. Caso sua viagem aconteça no primeiro semestre, principalmente no finalzinho de janeiro, dá para acompanhar a Festa de Iemanjá, em fevereiro. Após as oferendas serem entregues ao mar por meio de barcos, as ruas são tomadas pela festa e muita música baiana.
Cidade da Música da Bahia
Salvador tem na música uma de suas principais manifestações culturais. A Cidade da Música da Bahia apresenta a história da música desde os tempos da colonização da primeira capital do Brasil até a explosão de diversidades sonoras dos tempos contemporâneos, utilizando alta tecnologia, reunindo toda essa sonoridade em único lugar.
Próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo, na região do comércio, está o emblemático Casarão dos Azulejos Azuis. O edifício, construído entre 1851 e 1855, tombado em 1969 pelo Iphan, já abrigou um hotel e um supermercado, e agora, desde 2021, se torna a casa de todos os ritmos em Salvador.
Endereço: Praça Visconde de Cayru, 19 – Comércio, Salvador – BA, 40015-170
https://www.salvadordabahia.com/cidade-da-musica-da-bahia/ (link externo)
Casa das Histórias de Salvador
A Casa das Histórias de Salvador (CHS) é o primeiro centro de interpretação do patrimônio da capital baiana, resultado da parceria entre a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI) e a Prefeitura do município, por iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Com acervo digital e físico, o espaço apresenta uma nova narrativa sobre os quase cinco séculos da cidade, destacando as histórias, saberes e fazeres de pessoas comuns, geralmente ignorados pela história oficial, e tem como foco a contribuição das pessoas negras e indígenas para a formação da cidade, em um convite à população para participar ativamente e refletir acerca dos sentidos, da memória e do futuro da capital baiana.
Endereço: Rua da Bélgica, 2 – Comércio, Salvador – BA, 40010-030
Mercado Modelo
Situado no bairro do Comércio, uma das zonas comerciais mais antigas e tradicionais de Salvador. Constitui-se em importante atração turística, visitado por 80% dos turistas da cidade. Diante da Baía de Todos os Santos, é vizinho do Elevador Lacerda e do Centro Histórico (que inclui o Pelourinho). Em arquitetura do estilo neoclássico, a edificação é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)
Com 8.410 metros quadrados e dois pavimentos, o mercado municipal abriga 263 lojas que oferecem a maior variedade de artesanato, presentes e lembranças da Bahia, contando com dois dos mais tradicionais restaurantes de culinária baiana, o Maria de São Pedro, com oitenta anos de existência e o Camafeu de Oxossi.
Endereço: Praça Visconde de Cayru, s/n – Comércio, Salvador – BA – CEP: 40015-170
https://www.mercadomodelosalvador.com/ (link externo)
Galeria Mercado
A Galeria Mercado, novo equipamento cultural da Capital Baiana, entregue pela Prefeitura em janeiro de 2024, vem encantando os visitantes. O espaço, que funciona no subsolo do Mercado Modelo, no Comércio, propõe um mergulho na história de Salvador e de um dos mercados mais famosos do Brasil.
A Galeria também é o mais novo espaço dedicado às artes visuais de Salvador.
Endereço: Pç Visconde de cayru 250 Segundo, andar quadra 03 – Comercio, Salvador – BA, 40015-170
https://www.salvadordabahia.com/experiencias/galeria-mercado/ (link externo)
Praça Terreiro de Jesus
Um dos espaços de grande importância histórico-cultural de Salvador, existente desde o início da colonização do Brasil por Portugal, a Praça do Terreiro de Jesus está localizada no coração do Centro Histórico da cidade, no Pelourinho. Está inserido em área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e considerada Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1985 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Nos primeiros anos da década de 1550, na época da fundação de Salvador pelo Governador-Geral Tomé de Sousa, os jesuítas receberam do governador uma área a norte da nova cidade, na qual os padres da ordem liderados por Manuel da Nóbrega construíram uma primeira capelinha de taipa e o primeiro edifício do Colégio dos Jesuítas da cidade. Devido à presença dos padres da Companhia de Jesus, o largo em frente passou a ser conhecido como “Terreiro de Jesus”.
A primeira igrejinha construída no local no século XVI era muito pequena e frágil, e, entre 1652 e 1672, os jesuítas construíram, no local, uma suntuosa igreja, considerada a mais imponente do século XVII no Brasil. A fachada maneirista da igreja, construída com blocos de pedra de lioz trazidos de Portugal, ainda domina a praça. O interior está composto por magníficos retábulos de talha dourada em estilos maneirista e barroco, destacando-se ainda o teto de madeira esculpida e a sacristia. Em 1933, após a demolição da antiga Sé de Salvador, a igreja dos jesuítas passou a ser a nova Catedral de Salvador.
Posta de entrada do Pelourinho, é a única praça do Brasil que está inserida em um conjunto arquitetônico onde há igrejas seculares ao seu redor. Além da Catedral Basílica, o terreiro abriga o Convento e a Igreja do São Francisco, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e, ainda, a Igreja da Ordem Terceira de São Domingos e a Igreja de São Pedro dos Clérigos, além da primeira Faculdade de Medicina do país. Estes templos, especialmente os dois primeiros, são expoentes máximos da arte colonial brasileira.
No início do século XIX, o edifício do antigo Colégio dos Jesuítas passou a ser usado como hospital e, em 1808, foi instalada, ali, a primeira faculdade de medicina do Brasil. O edifício colonial se perdeu num incêndio em 1905, sendo substituído por outro em estilo eclético com predominância de linhas neoclássicas.
A fonte do Terreiro instalada no centro da praça foi interligada ao primeiro sistema de abastecimento de água do Brasil, o Sistema do Queimado. Ela traz a escultura de Ceres e de quatro mulheres que representam os rios baianos São Francisco, Paraguaçu, Jequitinhonha e Pardo.
Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos
A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos é uma igreja católica de Salvador, Bahia. Construída no século XVIII, com decoração atual executada entre as décadas de 1870 e 1890, está localizada no Centro Histórico de Salvador, na ladeira do Pelourinho. É parte do centro histórico da cidade declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO.
No Brasil Colônia, os negros escravos e alforriados (forros) eram particularmente devotos de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Ifigênia, Santo Elesbão e alguns outros santos. De acordo com frei Agostinho de Santa Maria, desde os inícios do século XVII os escravos e forros veneravam Nossa Senhora do Rosário num altar da Sé da Bahia, em Salvador. Esta imagem foi trasladada para a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos após a sua conclusão. Como outros grupos da colônia, também os negros se organizavam em agrupações religiosas de ajuda mútua, as chamadas irmandades ou confrarias. Na segunda metade do século XVIII, quase todas as freguesias de Salvador possuíam alguma irmandade de negros.
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Salvador foi formalmente constituída em 1685, foi uma das primeiras irmandades negras do Brasil, sendo antecedida somente pelas de Olinda (meados do século XVI), Recife (1654), Rio de Janeiro (meados do século XVII) e Belém do Pará (1682). A irmandade foi elevada à Ordem Terceira em julho de 1899. As irmandades de negros começavam reunindo-se nos altares laterais de igrejas matrizes ou conventuais, mas em 1704 a do Rosário reuniu o dinheiro necessário e recebeu a permissão do arcebispo D. Sebastião Monteiro de Vide para a construção de uma igreja própria nas Portas do Carmo. O nome se refere à existência na zona de uma das portas da cidade fortificada, por onde saía o caminho (atualmente a ladeira do Pelourinho) até o Convento do Carmo. Na zona também estava localizado o Quartel do Carmo, onde se alojavam os soldados que defendiam essa entrada da cidade.
A construção da Igreja do Rosário foi um processo lento, quase um século, pois a irmandade era relativamente pobre e os irmãos da confraria doavam seu trabalho para a construção em suas horas livres. A partir de 1718 a igreja foi também matriz da recentemente criada freguesia do Senhor do Paço, situação que continuou até cerca de 1740. Inicialmente foi edificado o corpo da igreja; a elaborada fachada e as torres só foram levantadas a partir de 1780, sob a direção do mestre-de-obras Caetano José da Costa. Também por essa época o edifício ganhou dois corredores laterais.
Na segunda metade do século XIX o interior da igreja foi redecorado, ganhando novos altares em estilo neoclássico e pinturas. O retábulo do altar-mor, de 1871 e inspiração neoclássica, é de autoria do entalhador João Simões F. de Souza. A pintura do teto da nave e do altar-mor é da mesma época, feita pelo artista José Pinto Lima dos Reis. Entre 1873 e 1875, a fachada foi alterada com a construção de duas novas portas, ao lado da porta principal. No final do século XIX, outras melhorias foram realizadas, como a construção de um altar na sacristia (1894) e o douramento da igreja (1895).
A Igreja do Rosário dos Pretos, começada em 1704, é um edifício imponente, ao qual se tem acesso por um pequeno adro gradeado. A fachada possui um corpo central em dois pavimentos, coroado por um frontão de empenas em volutas, e ladeado por campanários cujo arremate é um coruchéu em bulbos superpostos revestidos de azulejos. Ao rés-do-chão existem cinco portas, sendo que a central é mais ampla,em cantaria, e emoldurada por um discreto frontispício, e acima delas, cinco janelas de delicado desenho. O desenho da fachada, construída a partir de 1780, é atribuído ao mestre-de-obras Caetano José da Costa.
Sua planta é composta de uma nave central com corredores laterais. No interior, destacam-se os azulejos sobre a devoção à Nossa Senhora do Rosário de Lisboa e à vida de São Domingos, fabricados em Portugal e datados de c. 1790, estima-se que estes azulejos foram elaborados pela Real Fábrica do Rato. Os altares são em estilo neoclássico, realizados na década de 1870 pelo entalhador João Simões F. de Souza. Nos altares há imagens coloniais, destacando-se entre elas uma Nossa Senhora do Rosário do século XVII, venerada na antiga Sé da Bahia, além de imagens de Santo Antônio de Categeró (ou Santo Antônio de Catigerona), São Benedito, Santa Bárbara e um Cristo crucificado em marfim. O forro da nave foi pintado em 1870 por José Pinto Lima dos Reis, com a imagem de Nossa Senhora do Rosário ao centro e ao seu lado São Domingos e São Pedro Mártir, com alegorias dos quatro continentes.
Nos fundos da igreja existe um antigo cemitério de escravos. Preservando sua história ligada aos negros, a liturgia dos cultos faz uso de música inspirada nos terreiros de Candomblé. É um exemplo do sincretismo baiano, com a Terça da Bênção, quando são utilizados instrumentos de candomblé para acompanhar a missa. Nas datas comemorativas de Santa Bárbara e Iansã a igreja é o ponto central dos festejos.
Casa Jorge Amado
Depois de 11 anos fechada, a casa de número 33, da Rua Alagoinhas, no bairro do Rio Vermelho, na cidade de Salvador, Bahia, onde viveu o casal de escritores Jorge Amado e Zélia Gattai, está aberta para visitação. O imóvel foi totalmente reformado pela Prefeitura de Salvador, numa intervenção que contou com as participações da Fundação Casa de Jorge Amado, da família do casal, que encarna e simboliza mundo afora a cultura baiana, e do arquiteto e cenógrafo Gringo Cardia, responsável pela curadoria do museu.
História contada por amigos e admiradores – Comprada em 1960 com dinheiro da venda dos direitos do livro “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado, para a MGM, a casa mais tarde se transformou no título do livro de Zélia Gattai, publicado em 2002, contando a história vivida pelo casal quando residiu no imóvel. No local, os escritores receberam visitas ilustres, como Glauber Rocha, Pablo Neruda, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Roman Polanski, Jack Nicholson, Sartre e Simone de Beauvoir, só para citar alguns. Toda essa riqueza é contada nos diversos ambientes da casa, com seus mais de 2 mil metros quadrados, incluindo o jardim onde as cinzas de Jorge e Zélia estão depositadas.
A Casa do Rio Vermelho conta com mais de 30 horas de vídeos e projeções. Ou seja, é impossível conhecer toda a história do imóvel e do casal de escritores em apenas uma visita. Para tornar mais didática a experiência de mergulhar na intimidade de Jorge Amado e Zélia Gattai, a casa foi dividida em vários espaços, mantendo sempre as características originais, o rico acervo e documentos importantes, como cartas trocadas com personalidades nacionais e internacionais. Os ambientes foram batizados de “A Bahia de Jorge Amado”, “A amizade é o sal da vida”, “A infância/Memórias de Dona Lalú”, “Os viajantes”, “Varanda”, “Amores e amantes amadianos”, “Zélia Gattai, companheira graças a Deus”, “Trocando cartas/O comunista”, “Sala de leituras”, “Muita vida, tantas obras”, “Os amados sabores de Jorge”, “Cozinha de Dona Flor”, “Lago dos Sapos”, “Roda de conversa”, e “Jorge e o Candomblé”.
Forte Santa Maria
O Forte de Santa Maria, localizado no Porto da Barra, é um espaço que reúne história, arquitetura e lazer aos visitantes. Com uma estrutura secular, o local ainda exibe o emblema do Império do Brasil. Atualmente, o forte abriga o Espaço Pierre Verger da Fotografia que exibe imagens produzidas por fotógrafos baianos, com destaque ao trabalho do fotógrafo e etnógrafo franco-brasileiro, que dá nome ao espaço. Além da exposição permanente do artista, o Forte de Santa Maria conta com mostras virtuais, exposições temporárias e eventos pontuais.
Interessante programar a visita ao Forte no período da tarde, possibilitando desfrutar da beleza da Praia do Porto assistindo ao mais belo pôr do sol de Salvador.
Praia do Porto da Barra
A Praia do Porto da Barra está entre as melhores praias de Salvador para quem deseja um mar tranquilo. Favorita, é bastante procurada tanto por turistas quanto por moradores. Com localização central no bairro da Barra e fácil acesso, a Praia do Porto da Barra forma com a Praia do Farol da Barra a melhor dobradinha para um dia diante do mar em Salvador.
A Praia do Porto da Barra tem mar límpido e, em dias perfeitos, águas cristalinas que formam maravilhosas piscinas naturais na maré baixa. A faixa de areia é pequena, mas suficiente para relaxar. Na extremidade direita, tem o Forte de São Diogo e na esquerda, o destaque é o Forte de Santa Maria.
Para percorrer toda a faixa de areia, de ponta a ponta, leva apenas cinco minutos. Ao final da tarde, aproveite para apreciar o pôr do sol, que acontece no mar e rende um lindo espetáculo.
Na Praia do Porto da Barra, há oferta de aluguel de guarda-sol, cadeiras e de equipamentos esportivos.
Com uma pequena caminhada chega-se até a Praia do Farol da Barra.
Praça Tomé de Sousa (Praça Municipal)
Antigamente conhecida como Praça da Parada, onde aconteciam as paradas militares, a Praça Tomé de Sousa é considerada o berço da civilização brasileira, pois foi a primeira praça de Salvador, onde o primeiro governador-geral e do Brasil Colônia (Tomé de Sousa), em 1549, reuniu todos os prédios públicos. Com isso, a Praça Tomé de Sousa foi o primeiro espaço criado com a finalidade de concentrar os prédios da administração pública, construídos no século XVI com paredes de taipas cobertas de palhas pelo mestre de pedraria Luís Dias.
Hoje, também conhecida como Praça Municipal, a praça permanece cercada por prédios públicos da cidade, como o Palácio Tomé de Sousa (atual sede da Prefeitura), Palácio Rio Branco (antiga sede do governo da Bahia), Câmara de Vereadores de Salvador (link externo), dentre outros. Também abriga a estátua do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.
Praça Castro Alves
Localizada no centro histórico de Salvador, a Praça Castro Alves é um espaço cheio de história e charme oferecendo uma visão privilegiada da Baía de Todos os Santos incluindo o Forte São Marcelo. O destaque da praça é o belíssimo monumento em homenagem ao poeta baiano que lhe dá o nome. Por muito tempo abrigou a maior casa de espetáculos do país, o Theatro São João, que fez parte da vida cultural e social de Salvador, na época, com apresentações do maestro Carlos Gomes e recitais do poeta Castro Alves.
Atualmente a praça exibe uma estátua em bronze do poeta Castro Alves, do escultor italiano Pasquale De Chirico, onde na base do monumento, se encontram seus restos mortais.
Na praça temos um charmoso cinema, o Espaço Glauber Rocha, e também o hotel mais refinado da cidade, o Fasano, instalado no belíssimo prédio do antigo Jornal “A Tarde”.
O monumento Castro Alves tem quase 11 metros de altura e representa o poeta na atitude de fala com o braço direito estendido. Na coluna que serve como base, existe uma escultura de um casal de escravos, simbolizando as lutas do poeta baiano pela abolição da escravatura.
A Praça situada no final da Avenida Sete de Setembro e início da Avenida Carlos Gomes é palco para apresentações ao ar livre e oferece uma vista maravilhosa para a Baía de Todos os Santos, incluindo o Forte São Marcelo. O passeio ao local pode ser complementado pelas iguarias gastronômicas oferecidas nos restaurantes localizados na área.
Praça da Sé
A Praça da Sé é um logradouro público no Centro Histórico de Salvador. Surgiu na década de 1930 em razão da demolição da antiga Sé da Bahia, a qual deu origem ao nome da praça, e de alguns outros prédios coloniais. Na década de 1950, funcionou como terminal rodoviário até ser construído o Terminal da Lapa.
Da Cidade Baixa, a praça é acessada pelo Plano Inclinado Gonçalves via a pequena praça Ramos de Queiroz. Além desta pequena praça, comunica-se com a praça da Cruz Caída (ou Belvedere da Sé, e parte da praça da Sé, com o Terreiro de Jesus e, pela rua da Misericórdia, com a Praça Tomé de Sousa (onde estão a Prefeitura, o Palácio da Aclamação e o Elevador Lacerda). A praça é endereço do Memorial das Baianas, Palácio da Sé (antiga sede da Arquidiocese de São Salvador da Bahia), do Museu de Energia, do Cine Excelsior, dos edifícios Ranulfo Oliveira e Themis, como também abriga monumentos como os dedicados a Zumbi dos Palmares e Pero Fernandes Sardinha, a Cruz Caída e uma fonte luminosa.
A praça é originária do processo de demolição de dois quarteirões de prédios antigos para dar lugar aos trilhos dos bondes da Companhia Linhas Circular de Carris da Bahia.
Com isso, a praça passou a abrigar os bondes e o Belvedere da Sé, espaço dedicado a lazer, cultura e turismo e com vista para a Baía de Todos os Santos. Assim, o Belvedere da Sé foi explorado por lanchonetes, em aproveitamento até do adro da igreja demolida.
Em 1960, foi concluída a construção do Edifício Themis (situação no lado oposto à Igreja do Colégio de Jesus) e do Edifício Ranulfo Oliveira (ocupado pela sede da Associação Bahiana de Imprensa, pela Assembleia Legislativa da Bahia de 1960 a 1975 e por órgãos da Prefeitura). Na década de 1980, a reforma da praça ficou a cargo de Juarez Paraíso.
Após a inauguração do Terminal da Lapa, em 1982, a praça degradou-se. Dezessete anos depois, com um projeto do arquiteto Assis Reis, a praça ganhou uma nova perspectiva de belvedere. A mesma reforma que trouxe críticas à destruição do patrimônio histórico (demolição da Igreja da Sé), representada pela Cruz Caída, destruiu o desenho feito em pedras portuguesas que havia no calçamento, substituindo o esse piso por granito. Além disso, seguiu-se uma escavação arqueológica às fundações da antiga Igreja da Sé, a qual resultou na criação de quatro sítios arqueológicos.
Em comemoração aos 450 anos de fundação de Salvador, foi inaugurado em 29 de março de 1999 o monumento da Cruz Caída. De autoria de Mário Cravo, foi feito em aço inoxidável com 12 metros de altura e sob encomenda da Prefeitura Municipal de Salvador. Em 2002, foi inaugurada a fonte luminosa da Praça da Sé, produzida pela empresa espanhola Ghesa.
Casa de Benin
A Casa do Benin é um museu brasileiro localizado no Pelourinho, em Salvador. O equipamento cultural inaugurado em 1988 busca refletir a relação entre a Bahia e o Benin, de onde pessoas foram traficadas como escravos para essa parte do Brasil, migração forçada que trouxe impacto cultural de intercâmbio entre os dois lugares. Possui importante acervo artístico e cultural afro-brasileiro.
Após reforma promovida pela Prefeitura de Salvador, por meio da Fundação Gregório de Mattos (FGM) e projetada pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, foi reaberta em dezembro de 2014.
Praça Maria Felipa
Praça Maria Felipa, antigamente denominada Praça Visconde de Cairu ou Praça Cairu
A Praça Maria Felipa, antigamente denominada Praça Visconde de Cairu ou Praça Cairu, é uma praça localizada no Comércio, na Cidade Baixa em Salvador, no estado da Bahia. Nela se encontra o Mercado Modelo, o Monumento à Cidade de Salvador e a estação inferior do Elevador Lacerda, como também o Terminal Náutico da Bahia, beirando a Baía de Todos os Santos e o Forte de São Marcelo mais ao fundo.
Construída entre o fim do século XIX e início do século XX, o nome é em homenagem à Maria Felipa, heroína da Independência do Brasil na Bahia. No local, encontram-se também uma estátua em homenagem à heroína baiana, inaugurada em julho de 2023, em meio as comemorações do Bicentenário da Independência da Bahia; um monumento em homenagem aos mortos pela COVID-19; uma estátua de bronze de Visconde de Cairu (pessoa que nomeou anteriormente a praça), assim como a antiga residência usada por ele, sendo o sobrado junto a outros imóveis na região escolhido para ser sede da Cidade da Música da Bahia e da Casa das Histórias de Salvador, assim como o Arquivo Histórico Municipal de Salvador.
Santo Antônio Além do Carmo
O Santo Antônio Além do Carmo é o novo queridinho dos turistas descolados em Salvador. Localizado junto ao Pelourinho, o bairro histórico tem se firmado como polo cultural, gastronômico e também uma das melhores noites da cidade. Podemos até dizer que a região tem figurado como uma das mais boêmias de Salvador.
Marcado pelos casarios coloniais de cores vibrantes e a vista incrível para a Baía de Todos os Santos, o Santo Antônio Além do Carmo reserva aos turistas atrações bem interessantes, entre elas a Igreja do Santíssimo Sacramento do Passo (onde foi filmado o clássico Pagador de Promessas), a Igreja da Ordem Terceira do Carmo de Salvador, o Museu Casa do Benin e ainda o Museu do Mar – Aleixo Belov.
Ao visitar o Santo Antônio Além do Carmo, aproveite também as lojinhas descoladas que tomaram conta da região. Você encontrará peças de novos artistas baianos e produtos de design bem diferentes dos habituais souvenirs. Ótimo para quem deseja uma lembrança diferente de Salvador.
No Santo Antônio Além do Carmo, vale destacar a Casa Boqueirão, o Estúdio Agá e o Rei do Mosaico, ótimas lojas para compras diferentonas.
Para quem busca o bairro pela experiência gastronômica, o Poró é a pedida certa no Santo Antônio Além do Carmo. O restaurante tem cardápio inspirado na culinária regional baiana, drinks autorais interessantes, bons preços e ambiente descolado.
Aliás, o Santo Antônio Além do Carmo vem despontando pela boa culinária em ambientes descontraídos. Vale conferir ainda na região o Café e Cana Botequim, este mais dedicado aos petiscos e o Restaurante Casa de Farinha, com uma imersão na culinária regional.
O Santo Antônio Além do Carmo também tem atraído grande número de turistas que buscam noites animadas e descoladas em Salvador.
Diversos bares interessantes abriram as portas na Rua do Carmo e estão cada dia atraindo mais frequentadores. Uma voltinha pelo bairro ajuda a escolher o seu bar favorito, mas se quiser ir direto ao ponto, vale conferir o Bar Ulisses, o Oliveira’s Bar e o ABOCA Centro de Artes.
Basílica Nossa Senhora Conceição da Praia
Padroeira da Bahia
Festa religiosa mais antiga do Brasil tem trio elétrico ao som do coral da Basílica
Situada aos pés da montanha que liga a cidade Alta à Baixa, está a Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia. No dia 08 de dezembro, tem Festa Típica Popular em homenagem à padroeira da Bahia, sendo a festa religiosa mais antiga do Brasil. Padres, fiéis, seminaristas e a população seguem o andor acompanhando trio elétrico ao som do coral da Basílica.
De lá também sai uma das maiores celebrações religiosas: A Lavagem do Bonfim. Desta Igreja partem os cortejo, comitivas, balaios de oferendas, as baianas e também os “carrinhos de café” elétricos com som no talo. Também saem os muitos bereguedês e micro trios, na caminhada até a Igreja do Bonfim.
Curiosidades
O chão é todo de encaixe em pedra lioz e mármore carrara, uma das maravilhas do local. Lá dentro tem a “igreja primitiva”, onde a igreja “começou”. O ambiente foi mantido em ruínas e é cheio de velas. Ali do lado tem uma janela de onde dá para ver a escada que foi a primeira ligação entre a Cidade Baixa e a Cidade Alta.
Em 1549, navios portugueses atracaram em Salvador. Uma imagem da Padroeira de Lisboa acompanhava as grandes viagens da tropa. A imagem, única em todo mundo, foi assentada em uma primeira construção, cujas ruínas existem até hoje. A imagem de Nossa Senhora Imaculada Conceição reinou absoluta até 1946, quando a religiosa foi proclamada Padroeira da Bahia. O projeto da igreja foi desenvolvido em Portugal e sua atual construção, em estilo barroco, foi feita toda de pedra de lioz trazida de Portugal. As pedras foram coladas com óleo de baleia e a obra durou 300 anos, envolvendo três gerações de artesãos.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, fica praticamente em frente ao mar. O nome Conceição da Praia surgiu da própria população, por se situar próxima à praia. Construída em 1623, é uma das paróquias mais antigas da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, no Brasil.
Igreja Nosso Senhor do Bonfim
Sua construção teve início entre 1745 e 1746, finalizando suas obras internas em 1754 e externa em 1772 (com as torres). É lá que são distribuídas as famosas fitinhas do Bonfim, que são feitas desde o início do século XIX com a medida do comprimento do braço direito até o peito da imagem do Senhor do Bonfim. É tombado desde 1985 e seu tombamento inclui também todo o seu acervo
As imagens de Senhor do Bonfim e de Nossa Senhora da Guia vieram de Portugal para a Bahia, através do capitão da marinha portuguesa Theodozio Rodrigues de Faria, chegando no dia 18 de abril de 1745, num domingo de Páscoa e ficando abrigadas na Igreja da Penha, edificada na ponta da península itapagipana, até 1754
A lavagem da igreja teve início em 1773, quando os integrantes da “irmandade dos devotos leigos” obrigaram os escravos a lavarem a igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim, no segundo domingo de janeiro, depois do Dia de Reis. Com o tempo, adeptos do candomblé passaram a identificar o Senhor do Bonfim com Oxalá. A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias e o adro. Durante a tradicional lavagem as portas da igreja permanecem fechadas durante a lavagem — as baianas despejam água nos degraus e no adro, ao som de toques e cânticos africanos. A tradição das fitinhas do Senhor do Bonfim foram idealizadas por Manoel Antônio da Silva Servo em 1809.
Construída em estilo neoclássico com fachada em rococó, essa típica igreja colonial possui duas torres sineiras laterais. A Igreja do Bonfim de Salvador chama a atenção por suas dimensões e pela posição de destaque na elevação onde foi instalada. Construída em alvenaria de pedra e tijolo, tem em sua fachada duas torres com bulbo e é revestida em azulejos portugueses do século XIX.
É uma das mais tradicionais igrejas católicas da cidade, dedicada ao Senhor do Bonfim, padroeiro dos baianos e símbolo do sincretismo religioso da Bahia.
Igreja e Convento de São Francisco
Localizadas no coração da cidade, as estruturas foram erguidas entre os séculos XVII e XVIII e são consideradas uma das mais singulares e ricas expressões do Barroco brasileiro, apresentando, em especial a igreja, uma faustosa decoração interior. Foram tombadas pelo Iphan, classificadas como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo, e fazem parte do Centro Histórico de Salvador, que hoje é Patrimônio da Humanidade. O convento foi fundado em 1585.
O conjunto, especialmente pela riqueza da igreja, é considerado como uma das mais espetaculares expressões do Barroco no Brasil, tendo sido tombado pelo IPHAN em 1985.Também foi eleito uma das 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. Anexa fica a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, outro monumento notável pela originalidade de sua fachada profusamente ornamental, com reminiscências maneiristas e única no contexto brasileiro.
Situada diante de uma praça, o Largo do Cruzeiro, que se articula com o Terreiro de Jesus, a igreja mostra influência da edificação jesuíta, austera no exterior mas decorada com luxo no interior. O edifício foi construído em pedra calcária nas partes aparentes, e arenito nas partes rebocadas. A simplicidade dos campanários quadrangulares, coroados com pirâmides azulejadas, contrasta com o bloco central mais ornamentado, com aberturas em arco na base e um frontão no topo decorado com grandes volutas. Sua planta é incomum entre os projetos franciscanos do Nordeste brasileiro, pois tem três naves, ao passo que o desenho mais usual conta com apenas uma, embora as naves laterais sejam baixas, estreitas e cobertas por uma galeria, e funcionem mais como um deambulatório entre as capelas secundárias. Além da capela-mor, dedicada a São Francisco de Assis a igreja possui oito capelas secundárias, duas delas nos braços do transepto.
O convento, ainda em uso, com dezenas de celas, foi construído em torno de um claustro quadrado, tem um subsolo e dois pavimentos sobre o nível da rua. O nível superior possui um passeio aberto em forma de galeria com vigamento aparente e coberto por telhas, e os níveis inferiores são abobadados e arcados. O modelo se inspira nos claustros portugueses do século XVI.Sua decoração mostra ricos painéis de azulejo doados por Dom João V, parte deles criada por Bartolomeu de Jesus em meados do século XVIII, e que mostram cenas e inscrições moralistas diversas, retiradas do livro Teatro Moral da Vida Humana e de toda a Filosofia dos Antigos e Modernos, ilustrado com estampas de Otto van Veen, que foi mestre de Peter Rubens.A portaria que dá acesso ao convento possui importante pintura no teto atribuída a José Joaquim da Rocha, onde se representa uma aula magna universitária em que se debate o privilégio da isenção da Virgem Maria do pecado original,uma cena povoada por vários santos, prelados e figuras alegóricas dos quatro continentes, além de um altar entalhado, azulejos pintados nas paredes com cenas da vida monástica e painéis com retratos de santos franciscanos
Dique do Tororó
O Dique do Tororó é o único manancial natural da cidade de Salvador, no estado da Bahia, no Brasil, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Comumente reduzido para Dique, possui uma lagoa de 110 mil metros cúbicos de água.
Uma de suas principais características são as oito esculturas de orixás flutuando no espelho d’água. Elas foram instaladas em 1998 e são assinadas pelo artista plástico Tatti Moreno. Representam os orixás Oxum, Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxalá, Iemanjá, Nanã e Iansã. À noite, possuem uma bela iluminação cênica.
O termo “Tororó” vem do tupi antigo tororoma, que significa “jorro” (de água).
História
À época do Brasil Colônia, o dique delimitava o limite norte da Cidade Alta de Salvador, então capital do Brasil.
O dique primitivo constituía-se em uma ampliação do dique de defesa da Cidade Alta, executada durante o governo do vice-rei e capitão general de mar e terra do Estado do Brasil, dom Vasco Fernandes César de Meneses (1720-1735), dentro do plano de fortificação de Salvador. Esse projeto havia sido elaborado em 1714 pelo capitão de engenheiros francês Jean Massé, que, após as invasões do Rio de Janeiro por corsários franceses em 1710 e em 1711, por determinação do rei João V de Portugal (1705-1750), em 1712, passou com o posto de brigadeiro ao Brasil para examinar e reparar as fortificações daquele Estado.
Na década de 1990, o Dique foi revitalizado pela CONDER, sendo entregue à população em 2 de abril.
A Bahia além de ser um estado privilegiado pela sua natureza, com praias e paisagens paradisíacas, por ser reconhecido no mundo pelo seu variado artesanato, também é conhecido pela culinária exótica. E essa gastronomia baiana, tão conhecida e elogiada, foi influenciada pela mistura das raças que colonizaram o estado: indígena, portuguesa e africana.
Assim, a cozinha baiana tem na mistura de raças e costumes o seu principal tempero. A capital do Estado da Bahia é marcada pela influência africana em muitos aspetos culturais da cidade, transformando-se no centro da cultura afro-brasileira.
Com ingredientes vindos de todos os cantos do mundo, a culinária soteropolitana é a mais peculiar do país. O azeite de dendê, castanha de caju, amendoim e pimenta são temperos quase que permanentes e que ajudam a identificação dessa culinária, onde as receitas são sempre coloridas e aromáticas, e às vezes picante.
São pratos típicos culinária baiana: acarajé, abará, vatapá, caruru, bobó de camarão, moqueca, sarapatel, buchada de bode, xinxim, maniçoba, peixes, mariscos e muitos outros, sem esquecer a sua doçaria, onde encontramos cocadas, quindim, doces de frutas em compotas, etc.
Salvador também possui muitos restaurantes de cozinha internacional e contemporânea, o que aumenta as opções gastronônica na cidade.
Restaurante Camafeu de Oxóssi
O Camafeu de Oxóssi é um restaurante típico dos mais tradicionais da Bahia, localizado na parte superior do Mercado Modelo, o maior mercado de artesanato do Brasil e uma bela vista do mar.
Horário de Funcionamento: Sex a Sáb- 9h às 19h e Dom- 9h às 02h
Endereço: Praça Visconde de Cayru, 250, Mercado Modelo, Salvador, Bahia
Marina Gourmet
Localizado na Bahia Marina, o Marina Gourmet é um centro gastronômico com cardápios refinados e ambientes aconchegantes, debruçado sobre a Baía de Todos os Santos.
Mistura
Localizado em um espaço privilegiado na avenida contorno, debruçado sobre uma vista cinematográfica para a Baía de Todos-os-Santos, encontramos o Mistura Contorno. Ocupando o antigo casarão CLOC, tesouro arquitetônico do século XIX, tombado pelo IPHAN, o restaurante é famoso pelos pratos de pescados e frutos do mar.
Vila Caramuru
A Vila Caramuru é um complexo de restaurantes situado num lugar muito agradável e com uma das vistas mais bonitas do mar de Salvador.
O local também é marcante por ser sede de colônias de pescadores, que fundaram ali o antigo Mercado do Peixe. Seus barcos na beira da praia são um charme para a paisagem, rendendo excelentes imagens.
A diversidade de restaurantes especializados no que há de melhor na gastronomia baiana agrada baianos e turistas, principalmente por praticarem ótimos preços em seus pratos e também nas bebidas. Não esquecendo que na Vila Caramuru rola muita música de qualidade, com diversos palcos e muito som ao vivo espalhados pelos bares do complexo. Segue algumas ótimas opções da Vila Caramuru
Santo Antônio Além do Carmo
O bairro do Santo Antônio Além do Carmo, no centro histórico de Salvador, próximo ao Pelourinho, está entre os pontos mais cobiçados para quem chega à capital baiana.
Considerado uma das regiões mais tradicionais da cidade e famoso pela grande notoriedade histórica, o bairro se destaca pela sua gastronomia. Em meio às ruas de paralelepípedos que contam séculos de histórias, o bairro do Santo Antônio Além do Carmo revela-se como um destino perfeito para os amantes de uma boa comida e ambientes para aproveitar a cidade.