Agência de Notícias

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) deu mais um passo importante no combate à violência contra a mulher na segunda-feira (18). O Auditório Olny Silva, no edifício-sede do Judiciário baiano, ficou lotado para a roda de conversa de abertura da 30ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, organizada pela Coordenadoria da Mulher do TJBA. O objetivo da semana, uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é sensibilizar a sociedade para esse tema e priorizar o julgamento de processos relativos à Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006).  

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Para a Desembargadora Nágila Brito – Presidente da Coordenadoria da Mulher e atual Presidente do Colégio de Coordenadores da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COCEVID) –, “essa é a trigésima semana e a importância é crucial. O número de feminicídios continua muito alto; então, tem que fazer todos esses mutirões e capacitações com as polícias para acolher as mulheres, para que elas não tenham medo e sempre denunciem”.  

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Após a abertura com apresentação de percussão da Banda do Colégio Cosme de Farias e de uma fala da Desa. Nágila Brito, a mesa-redonda foi formada com a participação da jornalista Andréa Silva que relatou, a partir dos seus mais de 30 anos de vivência de jornalismo, as transformações nos casos de violência doméstica na Bahia. “Todas as discussões que são feitas em defesa da mulher, na busca pela paz, e a paz em casa começa com a paz interior. Precisamos ter contato com boas informações para ampliar essa rede de enfrentamento a violência”, relatou a jornalista Andréa Silva.  

Logo após, Fernanda Cerqueira, Diretora de Política para as Mulheres de Salvador, palestrou o tema “Escuta Sensível e Cuidados em Saúde Mental: Acolhimento como Eixo Estruturante da Proteção Integral”. Em seguida, a Delegada Juliana Fontes fez o uso da palavra com o tema “Atuação Policial Qualificada: Investigação com Perspectiva de Gênero e Enfrentamento a Violência Institucional”. Depois, a Tenente-Coronela Roseli Ramos palestrou com o assunto “Segurança com Afeto: Patrulhamento Preventivo e Atuação Estratégica na Proteção da Mulher.  

O evento continuou com as falas do Promotor Adalto Araújo Júnior, Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal, com o tema “Garantia de Direitos e Responsabilização do Agressor: a Atuação do MP com Perspectiva de Gênero”. Após, a Defensora Pública Carolina Araújo falou sobre “Acesso à Justiça e Escuta Empática: a Defensoria Pública como Porta de entrada para os Direitos das Mulheres”. E, por fim, a Ativista Social Bárbara Trindade falou sobre “Vivências e Resistências: a Escuta da Mulher que Enfrenta a Violência e Acessa os Serviços das Rede”.  

No evento, estiveram presentes o Desembargador Jatahy Júnior, Diretor-Geral da Universidade Corporativa Ministro Hermes Lima (Unicorp-TJBA); o Desembargador Raimundo Nonato Braga; e o Conselheiro do CNJ, João Paulo Shoucair. Na plateia, representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Polícia Civil assistiram às apresentações.