Ir para o conteúdo
Buscar
NAVEGUE EM NOSSO SITE
Encontre o que deseja
Você está no perfil:

Mudar Perfil

Agência de Notícias

Buscar
BUSCA DE NOTÍCIAS
Corregedoria doa livro com registro de alforria de escravos para terreiro Ilê Axè Opô Afonjá
28 de janeiro de 2016 às 15:42
Corregedoria doa livro com registro de alforria de escravos para terreiro Ilê Axè Opô Afonjá

Corregedoria doa livro com registro de alforria de escravos para terreiro Ilê Axè Opô Afonjá  Corregedoria doa livro com registro de alforria de escravos para terreiro Ilê Axè Opô Afonjá  Corregedoria doa livro com registro de alforria de escravos para terreiro Ilê Axè Opô Afonjá  Uma réplica do livro original com o registro histórico das transações feitas com escravos no período de 1879 a 1887 foi entregue, nesta quinta-feira (28), pela Corregedoria Geral da Justiça para o museu do terreiro Ilê Axè Opô Afonjá. O material reúne notas e escrituras de penhor e alforria de negros escravizados.

Mãe Stella de Oxóssi, ialorixá do terreiro, recebeu o livro das mãos do desembargador José Olegário Monção Caldas, responsável pelo achado.

A presidente eleita do TJBA, desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, a desembargadora Maria de Lourdes Pinho Medauar, juízes, advogados e assessores acompanharam o ato de entrega.

Mãe Stella recebeu o grupo na sala de sua casa. Bem à vontade, falou da gratidão com o presente, que será exposto no Museu Ilê Ohun Lailai Casa das Coisas Antigas, que fica no terreiro, primeiro museu do candomblé da Bahia.

O espaço está em processo de recuperação e ampliação para uma área dentro da mata, com manutenção de todas as árvores na sua estrutura, conforme projeto em desenvolvimento pelos arquitetos Gringo Cardia, que estava presente ao encontro, e Sidney Quintela.

O momento foi de descontração, com explicações sobre o candomblé, leitura de provérbios e ensinamentos publicados de autoria de mãe Stella do Oxóssi. Ao final do encontro, a equipe fez uma visita para conhecer o terreiro.

“É um livro verdadeiro, histórico, com histórias muito fortes. O corregedor teve muita sensibilidade em preservá-lo”, afirmou a desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago.

Origem
O livro original foi encontrado pelo desembargador Olegário Monção Caldas, na Comarca de Juazeiro, durante visitas de inspeção a todos os cartórios de registro públicos da Bahia, realizadas no ano passado.

“Diante de tantos livros que encontramos, esse foi o mais antigo e o que estava mais inteiro. A senhora, mãe Stella, agora é a guardiã dele”, disse o corregedor, ao passar a relíquia às mãos da líder religiosa.

Além de apresentar o livro original, o corregedor entregou uma réplica do material, três quadros com a tradução específica de três das cartas do livro, um DVD com a digitalização do acervo, uma placa simbólica do ato e um pedestal para abrigar e proteger o documento.

“Agradeço a todos. Xangô vai nos ajudar a levar a casa para frente. Somos uma turma de boa vontade, de trabalho” afirmou mãe Stella, referindo-se ao orixá da justiça.

Estiveram presentes as juízas corregedoras Márcia Mascarenhas, Ângela Bacellar e Maria do Socorro Habib, o juiz Edson Baiense, os advogados Antônio Luiz Calmon Teixeira e Roberta Calmon, e o delegatário do cartório de imóveis de Salvador e presidente do Instituto de Protestos da Bahia, Éden Márcio Lima de Almeida.

Texto e Fotos: Ascom TJBA