A Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (CGJ/TJBA) realizou o lançamento de um livro com crônicas dos reeducandos da Colônia Penal Lafaiete Coutinho, localizada no bairro de Castelo Branco, em Salvador, nesta quinta-feira (31). A ação faz parte do projeto Virando a Página, que busca promover a ressocialização das pessoas privadas de liberdade por meio da leitura.
“Quero sempre pensar em um Poder Judiciário que traga inclusão, cuide das pessoas e abra portas”, declarou o Corregedor-Geral de Justiça do TJBA, Desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano. Cabe salientar que a iniciativa conta com o apoio do Presidente do judiciário baiano, Desembargador Nilson Soares Castelo Branco.
Esse já é o segundo livro lançado em uma penitenciária pela CGJ, por meio do projeto Virando a Página. Em julho deste ano aconteceu o primeiro lançamento, na Penitenciária Lemos de Brito (PLB).
A Juíza Auxiliar da CGJ Liz Rezende descreveu o sentimento de ver a expansão do projeto. “Reconheço uma contribuição inestimável de várias pessoas para que as ações da Corregedoria tenham atingido os resultados já conquistados e, especialmente, do professor Everaldo Carvalho e do editor Alex Giostri. Sinto-me muito realizada com o que foi feito até aqui”, compartilhou.
As crônicas foram produzidas durante uma oficina literária conduzida pelo editor Alex Giostri. Ele trabalhou com os reeducandos três eixos: infância, sistema prisional e perspectiva de vida.
É importante destacar que familiares dos autores estiveram presentes durante o lançamento.
“É um grande incentivo da SEAP e do Tribunal da Justiça para a ressocialização dos presos”, foi como o Diretor da Colônia Penal, Marcelo Neri Magalhães, descreveu a experiência. Já o Secretário de Estado de Administração Penitenciária, José Antônio Maia, disse que “espera que com a leitura, os reeducandos consigam enxergar novos horizontes, distante do passado deles”.

Também na quinta-feira (31), ocorreu o encerramento de uma oficina literária no Conjunto Penal Masculino de Salvador, na Mata Escura. Na oportunidade, foi celebrada a etapa final do processo, e agora o próximo passo é a edição das histórias escritas, com o objetivo de que ocorra também a publicação de um livro.
Participaram das ações, além dos já citados, a Juíza Rosemunda Souza Barreto, Titular da 1ª Vara de Tóxicos de Salvador; a Juíza Maria Angélica Carneiro, Titular da 2ª Vara de Execuções Penais da capital; a Diretora Adjunta do Conjunto Penal Masculino, Claudia Natted; o Diretor do Conjunto Penal Masculino, Clésio Sobrinho; o Diretor-Geral do Colégio Estadual Professor George Fragoso Modesto, Gideon Ribeiro Cardoso; e o Vice-Diretor José Antônio Sousa Matos.
As oficinas literárias também já aconteceram no interior do Estado, constituindo um desdobramento do Projeto Virando a Página, que promove rodas de leituras entre pessoas privadas de liberdade e tem por objetivo o estímulo à leitura, à expressão oral, à elaboração de relatórios, para que, a partir de tal produção textual ou oral, o(a) reeducando(a) possa ter direito à redução de pena, conforme Resolução CNJ 391/21 e Provimento CGJ/CCI 12/22.
Descrição da imagem: Reeducando autografando livro, durante o lançamento [fim da descrição].
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