Você costuma ter crises de enxaqueca e não sabe o que fazer para acabar com elas? Então, leia o artigo escrito por Jamile Zogbi, Nutricionista da Coordenação de Saúde Ocupacional (Cosop) do Poder Judiciário da Bahia (PJBA). Ela apresenta alguns alimentos que podem desencadear as crises de enxaquecas.
Nesta quinta-feira (19), comemora-se o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCE).
Confira!
O PAPEL DA ALIMENTAÇÃO NA OCORRÊNCIA DA ENXAQUECA
Diversos estudos têm apontado uma possível relação entre alimentação, nutrição e ocorrência de enxaqueca. No entanto, trata-se de um tema complexo e com limitações para comprovação, visto que há uma resposta individual aos alimentos considerados gatilhos, assim como o limiar de tolerância a eles é diferente em cada pessoa e pode depender também da frequência de consumo e de fatores como: genética, idade, gênero, níveis hormonais, nível de estresse e o estilo de vida. Desta forma, torna-se difícil estabelecer recomendações que sejam eficazes para todos.
Considerando os estudos mais recentes, abaixo seguem listados os principais alimentos associados à ocorrência de episódios de enxaqueca e as respectivas substâncias presentes em sua composição que podem agir como desencadeadores:
As mudanças na alimentação podem ajudar a melhorar a qualidade de vida e evitar crises, no entanto, é importante que não sejam feitas restrições alimentares desnecessárias. Se você frequentemente tem enxaqueca e suspeita que algum ou mais de um alimento listado acima seja um gatilho para suas crises, tente fazer um diário alimentar, registrando os alimentos consumidos no dia e eventuais sintomas, pois com o tempo isso pode te ajudar a detectar qual alimento envolvido. Na prática, observa-se que as pessoas sensíveis a algum desses alimentos podem reagir em minutos, ou até 72h após o consumo.
Vale ressaltar que o jejum por tempo prolongado e a desidratação podem contribuir negativamente para a ocorrência da enxaqueca. Desse modo, é necessário ter um consumo adequado de água assim como uma rotina com horários regulares para se alimentar, no entanto, não significa que deve alimentar-se a cada 3 (três) horas. Ademais, ter um sono regulado, praticar exercícios físicos e ter uma microbiota intestinal saudável também são recomendados, por serem fatores preventivos.
Jamile Zogbi Andrade – Nutricionista
Referências:
GAZERANI, P. Migraine and diet. Nutrients, v.12, n.6, 2020. Disponível em: < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32503158/>.
GAZERANI, P. A Bidirectional View of Migraine and Diet Relationship. Neuropsychiatric Disease and Treatment, v.17, p.435-451, 2021. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7884951/ >
GOMES, M. B. et al. O risco das aminas biogênicas nos alimentos. Rev.Ciênc. saúde coletiva v.19, n.04, 2014. Disponível em <https://www.scielo.br/j/csc/a/4szrpfntzHHrF9ntP9QVxnM/?lang=pt>
HINDIYEH, N.A. et al. The Role of Diet and Nutrition in Migraine Triggers and Treatment: A Systematic Literature Review, Headache, v.60, n.7, p. 1300-1316, 2020. Disponível em: < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32449944/>
Descrição da imagem: Ilustrativa de alimentos {fim da descrição}.
#Pratodosverem #Pracegover