O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) sediou a Oficina de Gestão das Emoções, promovida pelo Núcleo de Justiça Restaurativa de 2º Grau (NJR2G) em parceria com a Universidade Corporativa Ministro Hermes Lima (Unicorp). O encontro, ocorrido no dia 3 de dezembro, no Anexo II do TJBA, durante todo o dia, reuniu servidores, operadores de meios adequados de solução de conflitos, supervisores de CEJUSCs Criminais, facilitadores de Justiça Restaurativa, profissionais de Comunicação Não Violenta e integrantes da Comissão de Assédio do TJBA.
A proposta da oficina chamou atenção pela abordagem inovadora e não convencional de trabalhar competências emocionais no ambiente institucional. A atividade dialoga diretamente com os valores da Justiça Restaurativa, que incentiva práticas alternativas, humanizadas e circulares para lidar com conflitos e promover transformações de convivência.
Conduzida pelas instrutoras Ana Paula Rocha Bomfim e Rejane Ramos Dantas Lisboa, a formação apresentou um percurso teórico-vivencial que uniu reflexão, práticas de presença, exercícios de escuta, dinâmicas em grupo e ferramentas de gestão emocional. O conteúdo abordou temas como conflito e violências, autopercepção, autorregulação, automotivação e empatia, sempre convidando os participantes a observarem seus sentimentos e necessidades e a reconhecerem os do outro.

A oficina também introduziu o uso de instrumentos como a Comunicação Não Violenta, baralhos de sentimentos e necessidades, estratégias de ancoragem emocional e práticas de comunicação assertiva. A combinação desses elementos criou um ambiente de troca que integrou conhecimento, sensibilidade e experimentação, estimulando uma compreensão mais cuidadosa das relações e dos desafios cotidianos.
Ao longo das atividades, os participantes puderam se identificar com os temas e perceber a importância de vivências que ampliem o olhar para si e para o outro. A experiência reforçou a relevância de espaços que acolham emoções e promovam práticas restaurativas na rotina institucional, contribuindo para ambientes mais cooperativos, conscientes e saudáveis.
A iniciativa se soma aos esforços do NJR2G para disseminar práticas que fortaleçam vínculos e ampliem a capacidade de diálogo no Judiciário, reafirmando o compromisso da Justiça Restaurativa com caminhos alternativos e transformadores para a gestão de conflitos.