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Não há dúvida! A automação é o caminho para uma Justiça mais célere. É justamente neste sentido que o Núcleo de Tecnologia e Inovação da Coordenação dos Juizados Especiais (Coje) vem trabalhando. As atualizações feitas no Processo Judicial Eletrônico (PJe), por exemplo, se destacam nacionalmente e, na última segunda-feira (10), a convite do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Corte baiana apresentou, para as equipes técnicas dos demais Tribunais do país, o trabalho de automação que tem sido desenvolvido no âmbito do sistema PJe.

Na oportunidade, o servidor Leonardo Ribeiro apresentou, mostrando inclusive na prática, o framework, denominado TJBA Automações, desenvolvido pelo Núcleo. A ferramenta ajuda os desenvolvedores de sistemas a fazer robôs para o PJe. O uso de robôs é um importante aliado, uma vez que as tarefas repetitivas passam a ser realizadas por eles, possibilitando que os servidores se dediquem mais a procedimentos com maior complexidade cognitiva.

Na prática, o framework oferece funcionalidades prontas para serem reaproveitadas durante a construção de novos robôs, agilizando o processo de desenvolvimento de novas soluções de automação, o que possibilita maior produtividade aos programadores de sistemas. Além disso, os robôs construídos com auxílio do framework possuem fácil manuseio, uma vez que o próprio servidor ou magistrado poderá ajustá-lo de acordo com sua necessidade, alternando a unidade judiciária de atuação, determinando quantos robôs deverão atuar ao mesmo tempo, informando qual navegador ele deverá utilizar, dentre outras facilidades.   

Até o momento, a Coordenação dos Juizados Especiais, que tem à frente a Juíza Fabiana Pellegrino, já desenvolveu, por meio do seu Núcleo de Tecnologia, sete robôs (saiba mais aqui), que auxiliam no trâmite processual, proporcionando maior agilidade. Conforme faz questão de enfatizar o servidor Leonardo Ribeiro, todo o processo de desenvolvimento é realizado por uma equipe multidisciplinar, reunindo servidores da área de Gestão, de Tecnologia da Informação e da área Jurídica.

Para a garantia da qualidade do serviço prestado, cada robô passa pelas etapas de levantamento de requisitos, implementação, testes, homologação e implantação no ambiente produtivo. Embora desenvolvidos no âmbito da Coje, todos os robôs implementados podem ser utilizados por outras unidades judiciárias. Para tanto, as solicitações devem ser encaminhadas, previamente, à Coordenação dos Juizados Especiais, por meio do Sistema Integrado de Gestão Administrativa (SIGA), a fim de que todas as medidas sejam adotadas para a devida disponibilização.

A explanação, feita na tarde de segunda-feira, acerca do framework desenvolvido pelo PJBA, integra o Programa de Formação para Automação Avançada no PJe, promovido pelo CNJ. Desde abril, o Programa já realizou 15 encontros, com a participação de cerca de 1.500 pessoas. Sua realização busca instituir uma ação permanente para elevar o nível de automação do sistema PJe, com o aproveitamento das soluções já existentes e das experiências acumuladas, além de uma constante orientação aos Tribunais.

O próximo módulo, que abordará sobre como utilizar o PJe na interação com os sistemas SEEU e BNMP, está previsto para ocorrer nesta sexta-feira (14), às 14h. Os magistrados e servidores interessados em participar podem se inscrever aqui.

Todos os encontros são gravados e divulgados posteriormente no seguinte endereço eletrônico: https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/processo-judicial-eletronico-pje/capacitacao/