O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) abriu a 31ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, na segunda-feira (24) com uma roda de conversa sobre o papel da mídia no enfrentamento da violência doméstica e com a cerimônia do 1º Prêmio Narrativas que Salvam.
A programação segue até sexta-feira (28), com ações que promovem a celeridade processual e fortalecem o enfrentamento a qualquer tipo de violência contra as mulheres. A iniciativa é da Coordenadoria da Mulher, sob a condução da Desembargadora Nágila Brito.

“Desconstruir os estereótipos de gênero ainda é uma tarefa a ser feita e a imprensa tem esse papel importante de mostrar que a mulher não pode ser nunca responsável pela violência que sofreu. A mídia, quando cuida, quando educa, quando amplia vozes, transforma realidade. E, efetivamente, podem ser narrativas que salvam”, afirmou a Desembargadora Nágila Brito.
Além da magistrada, o debate contou com a participação do jornalista José Raimundo, da reitora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Adriana Marmori, e da diretora do Departamento de Proteção à Mulher da Polícia Civil, a delegada Juliana Fontes Barbosa. Os debatedores destacaram que a forma como os veículos de notícia abordam a temática da violência contra a mulher é um importante instrumento na conscientização da sociedade.


“O jornalismo pode ajudar de diversas maneiras. Primeiro, estabelecendo uma parceria com o Tribunal de Justiça da Bahia, que é muito bem-vinda, pois o jornalismo precisa beber de fontes seguras. As pessoas que trabalham no Tribunal, que lidam com esse problema no dia a dia, têm muito a contribuir e a orientar para que ele faça um trabalho isento, correto, apurado e verdadeiro”, pontuou José Raimundo.
Após a roda de conversa, houve o anúncio dos jornalistas ganhadores do 1º Prêmio Narrativas que Salvam, que reconhece profissionais pela atuação no enfrentamento à violência doméstica.



José Bores de Araújo Júnior, estudante da Uneb, foi o vencedor na categoria universitária, com uma reportagem sobre a violência sofrida por mulheres do campo, com foco no município de Seabra, na Chapada Diamantina.
“A ideia de pautar isso foi dar certa visibilidade para essas mulheres, pois o nosso papel, enquanto comunicadores é narrar fatos, é ajudar no combate à violência doméstica, tanto na zona rural como urbana. O nosso papel de cidadão e de comunicadores é fazer um jornalismo ético, plural e, sobretudo, um jornalismo humano”, ressaltou.
O Desembargador João Bôsco de Oliveira Seixas, 1º Vice-Presidente, representou a Presidente do TJBA, Desembargadora Cynthia Resende, na solenidade. Juntaram-se ao magistrado, na mesa de honra, os Desembargadores Jatahy Júnior, Diretor-Geral da Unicorp-TJBA, e Cássio Miranda, Presidente da Comissão de Memória, além da Desembargadora Nágila Brito.
Confira, abaixo, a lista de vencedores do 1º Prêmio Narrativas que Salvam:
Reportagem Escrita
Vagner Ferreira (Bnews)
Sinais visíveis e invisíveis: Saiba a importância da reconstrução dentária na recuperação das vítimas de violência doméstica
Reportagem Audiovisual
Lilian Marques (TV Bahia)
Mulheres da segurança pública debatem sobre assédio
Giulia Marquezini (TV Bahia)
Três mulheres são assassinadas no final de semana
Reportagem em Áudio
Verena Veloso (Band News)
Agosto Lilás: Vozes que não se calam
Categoria Universitária
José Bores de Araújo Júnior (Uneb)
A violência contra a mulher do campo: marcas que não se veem







