Ir para o conteúdo
Buscar
NAVEGUE EM NOSSO SITE
Encontre o que deseja
Você está no perfil:

Mudar Perfil

Agência de Notícias

Buscar
BUSCA DE NOTÍCIAS
Desembargadora Presidente Cynthia Resende palestra sobre os “Desafios da Gestão com a IA Acessível e Onipresente” durante o segundo dia do Enastic em Salvador 
29 de abril de 2025 às 19:08
Desembargadora Presidente Cynthia Resende palestra sobre os “Desafios da Gestão com a IA Acessível e Onipresente” durante o segundo dia do Enastic em Salvador 

Foi com o tema “Desafios da Gestão com a IA Acessível e Onipresente” que a Presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, apresentou um painel no segundo dia do Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Estadual (Enastic), nesta terça-feira (29). O evento, organizado em parceria entre o Judiciário baiano e o J.Ex, reúne gestores e especialistas no debate sobre as potencialidades e os desafios do uso da inteligência artificial na transformação dos Tribunais do Brasil. As discussões acontecem no auditório do Hotel Deville Prime, em Salvador, até quarta-feira (30).  

“A inteligência artificial está presente na nossa vida. Não é mais futuro, já é presente. E o Poder Judiciário tem que aderir a esse movimento, porque isso vai acelerar a prestação jurisdicional. A IA bem utilizada irá, com certeza, nos auxiliar a fazer uma entrega mais rápida do nosso serviço ao cidadão”, destacou a Presidente do TJBA durante a mesa que abriu a programação da tarde e foi composta, também, pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG), Desembargador Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Júnior, e pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO), Desembargador Raduan Miguel Filho. O mediador do painel foi o advogado Ademir Piccoli, fundador do J.Ex, programa executivo voltado a lideranças do ecossistema de Justiça.  

Acesse as fotos do evento  

A Desembargadora Cynthia Resende aproveitou a ocasião para revelar, em primeira mão, um iminente convênio, pioneiro no Brasil, que será assinado entre o TJBA e o J.Ex para criar uma plataforma de mentoria, inovação e educação em inteligência artificial. “Nós vamos fazer isso com muita responsabilidade. É uma preocupação que todos devemos ter para evitar que essa ferramenta tão boa se desvie e nos traga prejuízos ao invés de trazer ganhos”, salientou. 

O Desembargador Corrêa Júnior conclamou os Tribunais a trabalharem em cooperação, a fim de otimizarem esforços e de encontrarem soluções tecnológicas mais aprimoradas. “Para que nós vamos ter 27 ferramentas de inteligência artificial dos Tribunais de Justiça e mais as dos Tribunais Regionais Federais, do Trabalho, Eleitorais, cada um com as suas ferramentas, se nós podemos, em um convívio de cooperação, trabalhar para desenvolver uma ferramenta que já existe e que nós podemos melhorar pelas nossas próprias equipes? Uma sugestão para o Conselho Nacional de Justiça é que não haja mais premiação de uma nova inteligência artificial, mas sim da IA colaborativa, aquela que envolver maior número de Tribunais. Se esse processo for compartilhado, nós poderemos melhorar mais ainda esse sistema e teremos sistemas de inteligência artificial muito melhores”, sugeriu o Presidente do TJMG.  

Já o Desembargador Raduan Miguel Filho, Presidente do TJRO, chamou atenção para os desafios que a nova configuração de mundo impõe e deu como exemplo o vazamento de dados. “É muito preocupante cuidar da anonimização dos dados. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nos impõe situações muito complicadas, mas, também, nos deixa muita coisa para ser decidida. Combinar IA, nuvem e anonimização é um dos maiores desafios, para que nós gestores possamos gerir. Nós devemos tomar muito cuidado na gestão dessas informações. A IA pode ajudar, mas pode, também, se não for bem gerida, ser um elemento complicador de todo o sistema da LGPD”.  
.

Manhã  

Entre os palestrantes que subiram ao palco pela manhã, estava o expert global sobre o futuro do trabalho, do aprendizado e das organizações, Gary Bolles. Ele falou sobre as próximas regras do trabalho. Ao explicar o processo de mudança frente às inovações tecnológicas, fez um pedido: “Ajudem as pessoas a mudarem a mentalidade. Se conseguirem isso, estarão ajudando-as a desenvolverem habilidades para estarem nesse mundo de constante mudança”.  

Na sequência, temas de similar teor foram explorados por referências no mercado, como o Executivo de Contas da Qualys, Eduardo Lopes; e a Diretora Jurídica da Future, Janaína Barreto. Experiências práticas com o uso da inteligência artificial, também, foram partilhadas, a exemplo da “AGAIA”, ferramenta desenvolvida pela Justiça goiana para reduzir o tempo de tramitação processual.  

O Secretário de Tecnologia e Modernização do TJBA, Ricardo Neri, também subiu ao palco. No primeiro momento, ele mediou o painel “O Novo Papel dos Líderes de TI e Transformação Organizacional”. Ao lado dele, os CEOs de Tecnologias da Informação atuantes em Tribunais Estaduais – Juliana Neiva (TJPE), Ângela Szymczak (TJRO), Gerânio Gomes (TJRN) e Anderson Costa (TJGO) – responderam às perguntas sobre os desafios nessa temática, como o investimento em capacitação de pessoas e o desenvolvimento de uma cultura condizente com as mudanças da atualidade.   

Na sequência, o Secretário apresentou o case “Conectividade Segura TJBA | SD Wan Unificado”, juntamente ao Diretor de Infraestrutura de TIC do TJBA, Henrique Roma; ao CEO da TLD Hub de Cibersegurança e Conectividade, Ricardo Oliveira; e ao Systems Engineer da Fortinet, Gerardo Mendel. Ao fazer uma avaliação prévia sobre o Enastic, Ricardo Neri ressaltou: “se o evento acabasse hoje, já estaríamos no lucro”. O encontro termina na quarta-feira (30).   

Leia também: Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Estadual (Enastic) tem início no Fórum Ruy Barbosa 

Texto publicado: Ascom TJBA