O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), por meio da Comissão Permanente de Igualdade, Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos (Cidis), realiza, nesta terça-feira (16), a entrega do 2º Prêmio Luiz Gama, que, desta vez, homenageia o Instituto Cultural Steve Biko. O evento terá início às 10h, no Auditório Desembargadora Olny Silva, com transmissão ao vivo pelo canal do Poder Judiciário da Bahia no YouTube.
Além da solenidade de premiação, a programação inclui a apresentação de novas descobertas sobre a vida de Luiz Gama, resultado de pesquisas realizadas no Arquivo Público da Bahia pela pesquisadora Lisa Earl Castillo. A cerimônia contará, ainda, com a participação do Coral do TJBA e a dramatização de uma cena do espetáculo “A Cor do Julgamento”, encenada pelo grupo teatral estudantil Rábulas, formado por alunos da Escola Municipal São Domingos Sávio.
O Prêmio Luiz Gama, instituído por meio do Decreto Judiciário nº 889/2023, tem como objetivo reconhecer cidadãos e organizações públicas ou privadas que prestam relevantes serviços à sociedade, especialmente na promoção e defesa dos Direitos Humanos. Nesta edição, puderam se inscrever pessoas físicas, além de entidades, personalidades e organizações públicas ou privadas, nacionais ou internacionais.
Luiz Gama
Nascido em Salvador, em 21 de junho de 1830, Luiz Gonzaga Pinto da Gama destacou-se como uma das principais figuras da luta abolicionista no Brasil do século XIX. Patrono da abolição da escravidão no país, foi advogado, abolicionista, orador, jornalista e escritor. Filho de mãe negra livre e pai branco, foi ilegalmente escravizado aos 10 anos de idade e permaneceu analfabeto até os 17. Após conquistar judicialmente a própria liberdade, passou a atuar na advocacia em defesa de pessoas escravizadas, tornando-se autor consagrado ainda jovem e sendo reconhecido como um dos maiores abolicionistas da história brasileira.