O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) denominou duas salas na sede da Corte em homenagem a pessoas que honraram o Judiciário baiano. Os homenageados são o Desembargador Manuel José Pereira da Silva e o Servidor Nei Pinto Ferreira. Com a presença de familiares de ambos, o ato ocorreu na terça-feira (13), conduzido pela Presidente do TJBA, Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende.
“É um momento especial na história do Poder Judiciário baiano. Inauguramos não apenas espaços físicos renovados, mas verdadeiros símbolos da memória institucional que representam nossa determinação em honrar aqueles que construíram a história desta casa”, afirmou a Desembargadora Presidente Cynthia Resende.
O Desembargador Manuel Pereira passa a nomear a Sala de Sessões 1, recém-reformada e modernizada. Após iniciar a carreira no Ministério Público do Estado da Bahia, órgão no qual chegou ao cargo máximo de Procurador-Geral de Justiça, ele ingressou no Tribunal em 1973, pelo Quinto Constitucional, e ocupou a Presidência em 1982-1983. Faleceu em março de 2024, aos 100 anos.
Já o repórter fotográfico Nei Pinto (1957-2021) ingressou no TJBA em 1980 e, durante 36 anos, foi o responsável por captar as imagens que compõem a memória do Judiciário. A sensibilidade e a perspicácia no olhar resultaram no livro “Bahia – Um Olhar da Justiça”, que conquistou o 17º Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, na categoria Publicação Especial, em 2019.
Agora, Nei Pinto dá nome ao Estúdio de Libras, local onde os intérpretes traduzem, em tempo real, o conteúdo das sessões para a Língua Brasileira de Sinais, o que garante acessibilidade e inclusão às pessoas surdas.
Crispina e Celine Pinho, respectivamente viúva e filha de Nei Pinto, estiveram presentes. “Esta homenagem é inesquecível para mim. Adorei. Por ele ser lembrado pelo Tribunal, ele era muito querido aqui”, afirma Crispina.
A família do Desembargador Manuel Pereira foi representada pela filha, Sabine Kateb Pereira da Silva, que é psicóloga da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Salvador; pelo genro, Edson Paschoalin; e pelos netos Raphael, Victor e Nathália Pereira Paschoalin.
“A gente fica muito feliz com o reconhecimento que o Tribunal está dando ao nome do meu avô. Foi uma pessoa que teve uma vida brilhante, e a gente fica muito honrado de ter convivido com ele de uma forma bem íntima. Nos deixou vários ensinamentos, vários conceitos”, resume o neto Victor.