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VI Semana Nacional da Pessoa com Deficiência do TJBA é marcada por debates e atividades culturais 
1 de setembro de 2025 às 18:56
VI Semana Nacional da Pessoa com Deficiência do TJBA é marcada por debates e atividades culturais 

Um momento de celebrar a diferença e pensar caminhos para transformar a sociedade em um lugar mais justo e igualitário. Essa foi a 6ª Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, realizada entre os dias 25 e 29 de agosto, pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).  O evento reuniu magistrados, servidores, educadores, organizações ligadas à temática, artistas e sociedade civil para celebrar a diferença. Com debates, exposições, oficinas, apresentações culturais e feiras, o Judiciário reafirmou seu compromisso com a causa.   

“É importante levar a todos uma mensagem da existência das pessoas que têm deficiência, das pessoas que necessitam de inclusão, sobretudo para uma interação e promoção da escuta. Essa semana existe para destacar que nós somos diferentes e precisamos nos ver e respeitar as nossas diferenças”, declarou o Desembargador Rolemberg Costa, Presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI) do TJBA.  

Nos dois primeiros dias, o evento contou com diversas apresentações culturais. Artistas de instituições que trabalham no atendimento e na inclusão de pessoas com deficiência abrilhantaram a Mesa de Abertura, na segunda-feira, 25 de agosto. No dia seguinte, o debate “O papel do Judiciário na promoção e defesa dos direitos das pessoas com deficiência” colocou em discussão quais ações podem ser desenvolvidas pela Justiça para construir uma sociedade verdadeiramente inclusiva.  

Acompanhe detalhes dos dois primeiros da 6ª Semana Nacional da Pessoa com Deficiência  

O terceiro dia de ações apresentou uma mesa que discutiu o “O papel da educação no enfrentamento e no combate ao capacitismo”. Mediada pela servidora do TJBA Diva Maria de Jesus Roxinho, a atividade recebeu educadoras para debater o cenário e os caminhos para construir espaços educacionais, de fato, inclusivos.   

“As pessoas com deficiência já estão ocupando os espaços sociais e, se elas estão ocupando, as pessoas sem deficiência precisam entender que elas estão nos espaços de direito, não é favor permitir que elas estudem. Não dá para pensarmos que é possível tolerar o capacitismo no âmbito educacional, que é o lugar de construção de novos paradigmas e um deles é o combate e o enfrentamento ao capacitismo”, afirmou a Professora Sidenise Estrelado, Diretora do Centro de Apoio Pedagógico Especializado da Bahia.  

Quem abriu o evento foi Daisy Souza, com a apresentação de dança e poesia. Mulher surda, mestra em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atuante na área cultural, ela celebrou a oportunidade de participar da VI Semana Nacional da Pessoa com Deficiência.   

“Sinto-me muito importante por estar aqui, porque sou mulher negra, surda, dançarina, artista. É muito importante essa questão, porque os deficientes são tratados com capacitismo. Eles têm possibilidades e são importantes para a sociedade. Sinto-me muito feliz por estar aqui representando toda a minha comunidade, isso é maravilhoso”, externou.  

Também participaram da mesa as Professoras Sandra Rosa Farias (UNEB), Sheila Quadros Uzeda (UFBA) e Rita Valéria Brasil (AMA), além de Priscilla Isabel Menezes Dantas (Integrante do Movimento Brasileiro de Mulheres Cegas e com Baixa Visão – MBMC).    

Tendo a educação como um de seus pilares, a Semana ofereceu um Curso de Audiodescrição para servidores(as), estagiários(as) e magistrados(as). Com uma carga de 6 horas, a oficina ofereceu conteúdos e reflexões relacionados à acessibilidade em geral, com aulas ministradas pela Professora Sandra Rosa Farias.   

“A Semana foi excelente. Vimos uma imensa participação da comunidade interna, o que considero um passo fundamental para a contribuição dessa mudança de paradigma relacionada às pessoas com deficiência, que a sociedade precisa enfrentar. Essa é uma realidade que nós, enquanto sociedade, precisamos encarar”, disse a educadora sobre o evento.  

O fechamento da Semana incluiu uma roda de conversa sobre “Interseccionalidades e Perspectivas sobre Diversidade Humana”. Mediada por Bruno Monteiro – estagiário da CPAI e um dos curadores da Semana PCD –, a mesa contou com a participação de magistrados e ativistas.  

“Essa discussão toda foi uma experiência de aprendizado para mim. Esse evento é muito importante porque são pessoas que estão falando com pessoas, principalmente o ato de um compreender o outro e respeitar o jeito de ser de cada um”, declarou o Servidor João Eudes, da Coordenação de Saúde Ocupacional (COSOP), pessoa cega, após o final da roda de conversa.   

Texto publicado: Ascom _ TJBA