Em alinhamento com o compromisso do Poder Judiciário em promover a inclusão e a diversidade, a Coordenação de Desenvolvimento Organizacional e de Pessoas (CODES), com o apoio da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI) e por meio do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI), realizou o 12º Encontro do Projeto AMPARE do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).
O evento aconteceu na última quarta-feira (1º), em duas turmas, nos turnos matutino e vespertino, no auditório do Anexo II, na sede da Corte baiana.
O Projeto AMPARE – Grupo de Orientação e Acolhimento em questões de Assédio, Inclusão, Discriminação e Violência de Gênero para estagiários do TJBA – promove encontros periódicos destinados a debater temas sociais de relevância pública e com impactos jurídicos, voltados especialmente aos estagiários de nível médio da instituição.
Nesta edição, a programação contou com palestras de Bruno Santana, professor, mestrando em Educação pela UFBA, pós-graduado em Gênero, Diversidade e Direitos Humanos (UNILAB) e estagiário de pós-graduação da CPAI; e de Marcos Filipe Santos de Carvalho, estagiário da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TJBA. Nascido com deficiência visual, Marcos Filipe é um defensor da acessibilidade e da inclusão em todas as esferas da sociedade.



“Este é um momento não apenas de sensibilização, mas também de letramento e de responsabilidade social. É fundamental que as pessoas sem deficiência compreendam seu papel no combate ao capacitismo e na promoção da inclusão e da acessibilidade. Nosso objetivo é de que os estagiários e as estagiárias se tornem agentes multiplicadores desse conhecimento, levando-o não só no aspecto teórico, mas principalmente na prática”, destacou Bruno Santana.
A programação incluiu, ainda, o CineDebate, com a exibição do minidocumentário “Inclusive, estou incluso”, produzido por Vini Teles, disponível gratuitamente no YouTube. “Para mim, está sendo muito significativo poder dialogar com os estagiários, especialmente de nível médio, que não têm, muitas vezes, contato direto com pessoas com deficiência. A empatia precisa ser construída em algum momento da vida e é fundamental que possamos contribuir para o desenvolvimento dessa consciência da melhor maneira possível”, afirmou Marcos Filipe.
Os estagiários Gisele, da Comissão Permanente de Sanções Administrativas (CPSA), e Manuel, da Secretaria de Administração (Sead), participaram do encontro. Segundo Gisele, o evento foi importante e necessário para a inclusão no TJBA. “Achei muito importante essa reunião, aprendi muito, particularmente, não ouvimos muito falar e, como eu falei no evento, eu não tenho contato e nem nunca tive contato com pessoas deficientes; então, eu aprendi muito e fiquei muito feliz. Gostaria que tivessem mais encontros relacionados ao assunto”, afirmou a estudante.
“A palestra de hoje foi fundamental, pois mostrou uma realidade que é diferente da nossa. É complicado no mundo capacitista que vivemos; as pessoas, de certa forma, não se importam muito com o que acontece com pessoas com deficiência. E o fato de a gente sentir um pouquinho na pele como eles vivem é muito necessário, principalmente aqui no Tribunal, porque temos muitas pessoas com deficiência aqui, tanto física quanto mental”, disse Manuel a respeito do evento.