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A campanha do Novembro Negro no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), presidido pelo Desembargador Nilson Soares Castelo Branco, prossegue com uma programação repleta de ações voltadas para conscientização e combate ao racismo estrutural e institucional. Na terça-feira (28), foi realizada rodas de conversa acerca da temática “Conhecendo o Decreto 483/19: Dignidade Humana e a Abordagem Antidiscriminatória”. 

O Decreto Judiciário em debate dispõe sobre o uso de trajes nas dependências do PJBA. O Desembargador Lidivaldo Britto, que conduziu as rodas de conversa, explica que o mesmo foi estabelecido após um incidente dentro do Tribunal envolvendo um advogado com trajes religiosos. “A partir disso, nós tivemos a ideia de editar o ato, que hoje permite o ingresso com vestimentas regionais e religiosas, além de disciplinar a abordagem em caso de dúvida”. 

O Magistrado, Presidente da Comissão de Igualdade, Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos (Cidis), ainda reforçou a importância da campanha durante a palestra. “Algumas pessoas ainda dizem: ‘Consciência Negra? Tem que ser consciência humana’. Não, tem que ser consciência negra mesmo! Isso vale para todos, principalmente, para nós que não somos negros. Assim, despertamos para as desigualdades sociais”. 

A palestra foi mediada pela Assistente Social Denise Ferreira, da Coordenação de Saúde Ocupacional do TJBA, que salientou a relevância do diálogo institucional com os servidores, para o alinhamento do combate ao racismo e intolerância.  

“O objetivo é trabalhar também as situações que tenham o cunho relacionado à questão étnico-racial, para não reproduzimos violações institucionais”, disse a Servidora. “O diálogo deve ser para todos. É um momento de alinhamento de perspectivas”, completou. 

EXPOSIÇÕES – Durante as rodas de conversa, foi exibido o documentário “Coragem de Criar”, da Artista Plástica Goya Lopes, seguido de um cine debate com o público. A Precursora da moda afro-brasileira expõe seu trabalho no átrio do edifício-sede do TJBA, de 28 de novembro a 1º de dezembro.  

Ainda no átrio do Tribunal baiano, ocorre a exposição do Professor de história e Pós-graduado em cultura afro-brasileira e indígena, Sérgio Graça. A mostra reúne 24 personalidades negras importantes para a história do Brasil. “Existiu um apagamento da nossa história. Existem pessoas negras importantes, que podem fazer a diferença e trazer representatividade”, disse o estudioso. 

A campanha do Novembro Negro no TJBA teve início na segunda-feira (27) e segue com ações no âmbito judiciário até 1º de dezembro. A iniciativa inclui aula show; rodas de conversa; exibição de documentários; lançamento do prêmio Luiz Gama; e as exposições dos artistas Sérgio Graça e Goya Lopes. 

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As atividades são promovidas pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp), a Comissão de Igualdade, Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos Humanos (Cidis), com apoio da Assessoria de Ação Social (AAS) nas exposições.

Descrição da imagem: foto de roda de conversa [fim da descrição]. #pracegover #pratodosverem 

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