Agência de Notícias

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) recebe a exposição itinerante “Salvador pelos Nossos Olhos”. Iniciada na terça feira (15), a mostra segue até o dia 25 de abril, na sede da Corte, em Salvador. A exposição é aberta, também, para o público externo. A iniciativa é uma parceira do TJBA, por meio da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI), com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).  

Na quarta-feira (16), os expositores assistidos da APAE, membros do Ateliê Coletivo de Artes Visuais, sob a orientação do educador social Esrom Pena, participaram de uma sessão de fotos com a Comissão de Acessibilidade e Inclusão.  

Além das obras dos artistas com Síndrome de Down, estão disponíveis, para exposição e venda, criações de artistas autistas selecionados pela APAE, alinhando-se à celebração do Dia Mundial do Autismo e do Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorados, respectivamente, nos dias 2 de abril e 21 de março.       

“O ateliê já tem uma proposta diferente da oficina de artes visuais. A oficina não necessariamente tem esse caráter de exposição, de formar artistas para o mercado, é mais pedagógico; então, você não precisa saber pintar, ter algum contato com arte, você pode simplesmente se inscrever e participar. Já no ateliê, a gente faz um processo seletivo, a gente escolhe os participantes que, também, ministraram a oficina. Eles fizeram uma parceria comigo e, juntos, conseguimos entregar essas 20 telas aqui”, explica Esrom Pena, representante da APAE e educador social.  

O Desembargador Rolemberg Costa, Presidente da Comissão de Acessibilidade, ressaltou “o propósito de a Comissão trazer para o público aquilo que é tradicionalmente ocultado. Então, nós, através de promoções como essa, revelamos artistas que há em certos setores do nosso aspecto de atuação”.  

Na ocasião, também esteve presente o Juiz Rilton Goes, membro da Comissão de Acessibilidade, que reiterou a importância de o TJBA fazer essa exposição. “Para as crianças, é uma forma de mostrar o seu talento. A arte é fundamental na vida humana. Sem a arte, nós não conseguimos viver. E, ao mesmo tempo, para essas crianças, vendo a presença das pessoas que aqui estão, isso funcionou como um verdadeiro incentivador, para que elas continuem produzindo a sua arte.  O Tribunal quer dizer para a sociedade que ele não tem como preocupação unicamente exercer a jurisdição, mas também realizar o seu papel frente à sociedade, destacando os valores sociais que contribuem para uma formação de uma sociedade mais inclusiva e uma sociedade que respeite mais o ser humano”.  

Presidida pelo Desembargador Rolemberg José Araújo Costa, a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão tem, entre suas responsabilidades, a fiscalização, o planejamento, a elaboração e o monitoramento de projetos arquitetônicos e de capacitação de pessoal, com foco na inclusão de pessoas com deficiência no âmbito da Justiça Estadual.