“A educação transforma pessoas que, consequentemente, transformam o mundo”, afirma o Conselheiro do CNJ, José Rotondano, sobre o Projeto Mentes Literárias: da Magia dos Livros à Arte da Escrita, que chega à Bahia no dia 10 de fevereiro. O magistrado supervisiona o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A cidade escolhida foi Barreiras e as atividades ocorrem no Conjunto Penal. Entre as ações previstas, estão o lançamento de livro escrito pelos internos e a realização de roda de leitura sobre a obra “De Marte à Favela”, dos autores Aline Midlej e Edu Lyra.
Além disso, acontece a assinatura de acordos de cooperação técnica para a oferta de emprego, de cursos profissionalizantes e de construção de fábrica nas instalações do conjunto penal.
O Mentes Literárias visa ampliar o acesso aos livros, à escrita e à cultura para pessoas privadas de liberdade e egressas do sistema prisional, utilizando a leitura como ferramenta de educação e reintegração social. “O foco é na ressocialização. Levar a educação para o sistema prisional é a nossa preocupação”, pontua o Conselheiro Rotondano que, também, é Desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).
Além do Conselheiro, o momento conta com a participação da Presidente do Tribunal baiano, Desembargadora Cynthia Maria Pina Resende.
O Projeto Mentes Literárias está alinhado às diretrizes da Resolução CNJ nº 391/2021, que incentiva a remição de pena por meio da leitura como prática social educativa no sistema prisional. A iniciativa prevê a realização de rodas e oficinas de leitura e escrita em unidades prisionais e Escritórios Sociais, além da qualificação de acervos literários e da estruturação de bibliotecas nesses espaços. A metodologia do projeto inclui encontros quinzenais ou mensais ao longo de seis meses, promovendo a continuidade e o aprofundamento das práticas de leitura.
Virando a Página
A ideia do Mentes Literárias surgiu do Projeto Virando a Página, iniciativa encabeçada pelo Desembargador Rotondano quando esteve à frente da Corregedoria-Geral do TJBA (biênio 2022/2024). A ação levava rodas de leituras para os conjuntos penais da Bahia e evoluiu também para oficinas literárias e publicação de livros.
Descrição da imagem: uma pessoa lendo em um ambiente prisional [fim da descrição].
#pratodosverem #pracegover